sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Formação: direito dos cristãos leigos, dever da Igreja

Pe. Geraldo Martins

Nos encontros e assembleias pastorais realizados pela Igreja, um pedido recorrente é que se dê atenção à formação dos cristãos leigos e leigos. E faz todo sentido. Afinal, como evangelizar eficazmente sem uma preparação e uma capacitação adequadas, considerando as rápidas mudanças pelas quais passa a sociedade?! Os desafios hoje são inúmeros e dizem respeito às mais diversas áreas. Pensemos, por exemplo, na bioética, da política, na cultura, na comunicação, nos direitos humanos. Quanta mudança e quanta novidade!
A formação, direito dos cristãos leigos, deve ser continuada, permanente, porém, sem a pretensão de ter todas as respostas para tudo. Cabe à paróquia o dever e a responsabilidade de elaborar um plano de formação para seus agentes de pastoral, ainda que simples e modesto. Teologia, bíblia, moral, liturgia, catequese, comunicação, doutrina social da Igreja, missão são alguns dos conteúdos que devem constar nesse plano.
A participação dos agentes é fundamental, afinal, eles são os destinatários primeiros da formação. Lamentavelmente, muitas vezes, a formação é oferecida, mas os membros de nossas pastorais e serviços eclesiais simplesmente não participam. Alguns por razões que justificam, outros por desinteresse ou negligência. É uma pena que seja assim em muitos lugares.
Com o propósito de capacitar ainda mais nossos agentes e de favorecer a integração de nossas equipes e pastorais, o Conselho de Pastoral de nossa paróquia aprovou, no final do ano passado, um pequeno projeto de formação para 2016. Agrupamos nossas comunidades em duas áreas. A Área 1 é composta pelas comunidades de Passagem (aí incluídos os Setores Nossa Senhora da Conceição e Santa Rita), Vila São Vicente e Camargos. Já a Área 2 reúne as comunidades de Vargem (incluído Palmital) e Pombal.
Ao longo deste ano, teremos quatro encontros em cada uma destas Áreas nos meses de janeiro, abril, julho e setembro. Estudaremos, respectivamente, sobre a Campanha da Fraternidade, liturgia, catequese e bíblia. No mês de maio, a formação é para toda a paróquia quando reuniremos os agentes de todas as comunidades no Salão Paroquial. No mês de novembro, convocaremos novamente os agentes para um dia de retiro, afinal, é preciso cuidar de nossa espiritualidade para exercermos melhor a missão que Deus nos confiou.
Para cuidar de nosso plano de formação, foi constituída uma equipe que se responsabilizará por toda a logística. A ela caberá, dentre outras coisas, pensar o conteúdo, convidar o(a) assessor(a), preparar o local, convocar os agentes, prever o material necessário. Claro que essa formação paroquial não dispensa que cada equipe pastoral tenha seus encontros regulares e sua formação específica.

O sonho de um laicato maduro e consciente, cuja atuação vá além dos limites da Igreja e se dê também no mundo social, político e econômico (cf. EG 102) passa necessariamente pela formação. Recorda-nos o papa Francisco: “A formação dos leigos e a evangelização das categorias profissionais e intelectuais constituem um importante desafio pastoral” (EG 102). Deus nos ajude a enfrentar e vencer este desafio. 

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